Arquitetura Ritual

A arquitetura, como manifestação conceitual, tem como resultado formal, o espaço físico, materializando o ideário do profissional, inserindo no tempo em que se encontra. A arquitetura ritual tem, em seu elemento central, o homem, seus costumes e vivências cotidianas, suas necessidades diárias de equilíbrio e harmonia, de corpo e alma.

A chegada de DORNBRACHT ao Brasil carrega, em si, infinitas possibilidades, como a oportunidade de arquitetos terem à disposição matéria-prima para projetos únicos em sua complexidade formal, mas simples por concepção, incorporando esses conceitos rituais, através do elemento água.

Estudar a chuva, a névoa úmida, a fonte, enfim, levar a experiência sensorial da natureza para o banho, o eleva com simplicidade. Ao propor um chuveiro que não possui volume e desaparece no teto, liberando o espaço para diferentes soluções, permite-se novas experimentações sensoriais.

Variadas peças, que mesclam simplicidade e design premiado, frutos de pesquisa constante das relações culturais e manifestações sociais, são uma forma de compreender o homem e sua antiga relação com o elemento água, combinando, assim, as propostas de uso e construção dos espaços.

Ao transitar do contemplativo para a regeneração da alma, as séries MEN e Tara colocam o corpo no centro do processo ritualístico. Já, a série Elemental SPA retoma o arcaico e o original: a água como elemento muda seu ambiente. Fazendo lugares únicos, ela toma a posição central, constituindo o ponto de partida de rituais pessoais de limpeza do corpo é da alma, tornando a casa um refúgio para o espírito.

Rituais, que refletem as relações do homem com o meio e com seu semelhante, do passado ao contemporâneo, ao serem traduzidos para o espaço, geram uma arquitetura silenciosa que agrega, resgata e, de forma singular, busca refletir a realidade e necessidade de nosso tempo. Isto constitui uma das grandes discussões arquitetônicas da atualidade.